Os plágios que você já cometeu sem saber.

Salve grandes impulsionadores da educação em nível superior no Brasil. Seja você da modalidade presencial ou da modalidade Educação a Distância (EAD), saiba que um risco que você corre é o de plagiar. Tanto porque hoje em dia as tecnologias de divulgação de informação já tornaram públicos praticamente todos os ditos neste planeta, quanto simplesmente porque na correria, você não parou para verificar fontes e objetos de estudo que você usou como base.

Aqui eu vou citar apenas cinco momentos em que você já cometeu plágio em nem soube (e provavelmente nem sua banca também) de modo que se você está produzindo aguma pesquisa acadêmica, já aproveita, lê o conteúdo, fica de olhos bem abertos e já vai revisitar seu texto com olhos mais críticos. Ah! Não esquecendo que já falamos de plágio anteriormente aqui, no post “Dúvida de TCC: O que é o plágio? Posso plagiar sem querer?” lá de junho de 2016. Naquela época ainda não tínhamos um implemento interessante, a saber a inteligência artificial, bem como parte do conteúdo usado em muitos textos científicos era principalmente artigos e teses e alguns ainda usavam muitos livros físicos.

Como pude plagiar assim?

Partindo do princípio que você não quis plagiar, isto é, que não houve o interesse em copiar completamente ou parcialmente um determinado conteúdo sem dar os devidos créditos, é possível tentar algumas hipóteses pra explicar o fenômeno.

A primeira delas, a fonte não confiável. E eu nem tô falando de quando você vem num blog, tipo o Monografando (que aliás é uma fonte confiável) e tira um trecho na fé de que o anonimato da baixa audiência te deixe passar impune. Ao contrário, às vezes, fontes que aparentam ser confiáveis, não são. O plágio em nível editorial é muito comum. E todo mundo está sujeito a cair uma armadilha dessas.

Outro ponto, a ausência de informações no próprio material. O que pode acontecer se seu material de estudo principal for produzido em um formato, como um arquivo de e-book, mas depois esfacelado, como em uma apostila ou material de estudos de universidades, nos quais é mais comum que isto aconteça. Aí é muito comum que o pesquisador não tenha outra alternativa, senão dar os créditos a um autor que não é o original, e incorrer em plágio.

Mas não desanima. Se você seguir as minhas dicas, não tem como você ser acusado de plágio. E mesmo que o seja, saberá que foi injusto.

Os cinco caminhos do plágio.

1 – A ausência de fontes. Nesse caso, é melhor que o pesquisador mude o direcionamento da pesquisa. Como falamos no post sobre dúvida de TCC, uma das formas de plagiar é pegar a mesma coisa que o autor escreveu e simplesmente reescrever, de outra forma, mas sem acrescentar nada, as informações já existentes. O pesquisador precisa ficar atento e buscar sempre apresentar novas informações e meios de complementar ou questionar o que foi escrito, não simplesmente repetir o que já está feito.

2 – A desorganização. Principalmente quando o pesquisador escolhe não fazer citações recuadas, para deixar o texto com aspecto mais “autoral” (eu particularmente adoro esse tipo de construção). Aqui é extremamente importante usar um método que permita que você, de preferência imediatamente, recorra à fonte e possa citá-la. Ainda mais quando as citações são diretas e as aspas por si, não podem dar a orientação ao leitor de QUEM está falando aquilo sobre o tema em questão. Na dúvida, leitor, use modelos de referência dentro do Word.

3 – As referências fora de registros. É comum que muitos pesquisadores se inspirem em fontes que estão fora dos registros oficiais, a saber, sites confiáveis ou plataformas acadêmicas como a Scielo ou a PubMed. Sites como Scribd, Academia, entre outros, apenas hospedam conteúdo de terceiros, e muitas vezes, para a liberação de dado arquivo, exigem o upload de outros. Muitos trabalhos que ali estão foram construídos por universitários, mas não quer dizer que tenham o rigor de uma pesquisa bem pensada do plano da autenticidade. EVITE esse tipo de fonte, principalmente porque você pode cair fácil em um plágio e se ferrar muito.

4 – O uso indiscriminado de Inteligência Artificial. Saiba que apesar de práticas, as inteligências artificiais não são nada inteligentes. Elas são apenas modelos de linguagem avançados que simulam a nossa forma de interagir na hora de formar um diálogo. Quando você pede que ela “crie” um produto a partir da referência de um gênero textual, como um artigo, por exemplo, pode apostar que ela não terá pudor em te apresentar um texto que, além de não ser 100% confiável, com certeza terá trechos inteiros copiados de outros autores que os uparam na rede mundial de computadores. Além disso, as IAs acabam por gerar textos com erros que são ridículos às vezes, o que causa ainda um maior prejuízo à sua reputação acadêmica. Evite IAs para a criação de textos completos. Use para tirar dúvidas quanto à posição de uma dada palavra na frase, significado de vocábulos simples ou mesmo a correção ortográfica. Não muito mais que isso.

5 – Textos antigos elaborados em semestres anteriores. Entenda: não é crime, nem tampouco plágio, usar seus próprios textos antigos em novas produções. Aliás, o ideal seria que uma boa pesquisa fosse um grande companheiro de viagem do pesquisador. O erro aqui está no chamado “autoplágio”, isto é, quando um texto que deveria ser novo, tem várias partes já publicadas de outros textos, presentes em anais, bases de dados, artigos, demonstrando que o esforço do autor em aprimorar o seu ponto de vista, ou de melhorar a sua tese, na verdade foi meramente simulado, permitindo que haja uma sensação de estagnação na pesquisa e no conhecimento dela decorrente. Se você vai usar partes de um trabalho antigo no seu novo texto, não tenha pudor algum em referenciar (na verdade, até ajuda você a hankear melhor no Lattes) – você vai agradecer a dica depois.

Conclusão.

Todos somos passíveis de erro e o plágio, consciente ou involuntário, no fundo é apenas um erro. Há erros graves, há erros mais brandos. O importante é ter em mente os riscos envolvidos em produzir pesquisas com plágio, e pensar os rumos do seu futuro acadêmico para que seja sempre muito positivo.

Claro que você só plagia se quiser seguindo o Monografando. Porque aqui além de oferecer uma mentoria muito legal com o editor, para que você possa seguir com sua produção muito mais tranquilo (mesmo que diante de uma banca bem carrasca) você pode também conhecer outros sites que podem te ajudar com a pesquisa de fontes bibliográficas de qualidade, como o Baixe Livros Grátis, dentro aqui da Network, que é minha biblioteca digital particular completamente difundida para o meu público, com muita resenha sobre os livros publicados e o download das obras.

Espero que este post tenha ajudado, e se você quiser tornar ele ainda mais completo, só precisa interagir deixando seu comentário.

Um abraço!

Ricardo Sílvio – Editor.

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