Drama de TCC: Seis dicas para manter o foco.

Olá leitores, saudações!

Todos os universitários sabem que a construção de uma pesquisa já é um processo complexo, imagina quando este processo é reiteradamente interrompido? Por mais terrível que o prognóstico possa ser, a verdade é que o mais comum é que a fase de elaboração, especialmente dentro da escolha das fontes de pesquisa, dificilmente é linear. Aprenda neste post como desenvolver sua pesquisa sem problemas e sem interrupções comuns do dia-dia. Aprenda o que você não deve fazer para ter um período de produção mais efetivo e conseguir, desta maneira, concluir a sua fase de pesquisa da maneira mais agradável e produtiva possível. Conheça quais as melhores estratégias para assegurar que o máximo de atenção possível seja dispensada à construção do seu trabalho de pesquisa.

O mistério da atenção.

Todos somos capazes de manter-nos focados em alguma coisa. Entretanto, devido a questões relacionadas ao meio ambiente (barulho, constantes abordagens, gadgets, etc.) e por razões biológicas (baixo índice de atenção, hiperatividade, etc.), muitas pessoas acabam tendo severas dificuldades para conseguir manter o foco nos projetos, desde os mais simples até aqueles mais complexos, impedindo que estas pessoas levem uma vida normal, causando atraso no desenvolvimento educacional e nas faculdades principais determinantes de uma vida social mais saudável.

Quando o problema é orgânico, uma consulta com médico especialista pode permitir que o uso de remédios possam diminuir os efeitos causados pelas enfermidades. Na maioria dos casos, um período de acompanhamento psicológico e a atividade em terapias pode também restabelecer o controle da atenção para os indivíduos, desde que, evidentemente, tais processos sejam indicados na mais tenra idade possível.

Existem, no entanto, metodologias bem apropriadas para que você consiga de maneira eficiente manter o seu foco e, com o passar do tempo, conseguir um desempenho melhor, não apenas na realização de uma pesquisa, mas principalmente, nos diversos ramos da sua vida pessoal e acadêmica. Concentrar-se é a capacidade de manter o foco em determinada tarefa e, desta maneira, não deixar a peteca cair, chegando ao final do dia com a missão cumprida. Pois bem, ter essa capacidade de determinar-se é muito complexa, especialmente nos dias atuais, quando as pessoas têm um milhão de coisas ao seu redor que podem comprometer a atenção dedicada às coisas do dia-dia. Se este é o seu caso, dá uma olhada com mais cuidado no seu entorno e tente eliminar o máximo possível destes empecilhos.

Foco nos livros
Manter o foco e concluir com sucesso uma pesquisa requer atenção, dedicação e muita força de vontade. Felizmente, tudo isso vem a partir de hábitos perfeitamente cultiváveis.

Mudando o jogo.

Se concentrar, deixemos bem claro, é hábito. Você não vai conseguir se não tiver um foco eficiente na sua própria vida. Ter certeza de que se está no caminho certo e de que a tarefa a ser realizada é essencial é o primeiro passo, mas não o único, para conquistar o objetivo, seja escrever uma lauda, seja uma pesquisa inteira. Vamos às seis dicas certeiras pra manter o foco e não cultivar frustração no fim do dia?

#1 – Conhece a ti mesmo. A frase milenar impressa no templo de Delfos lá na Grécia diz relação a um fato essencial do foco no trabalho acadêmico. Certas pesquisas demandam mais do pesquisador do que outras. Por exemplo, o pesquisador da área de saúde, ao desenvolver um arquivo, pode optar por uma pesquisa de campo ou uma revisão da literatura. Em ambos os casos, é essencial que o mesmo considere fatores externos (espaço de pesquisa, contexto de dados, etc.) e internos (disponibilidade de tempo, interesse pelo assunto, facilidade de compreensão, etc.). Começar um trabalho por uma via que não se tem muita afinidade, ou que não se sabe se conseguirá essa afinidade, é o mesmo que jogar roleta russa: os resultados não irão chegar ao ponto ideal. Pense em como poderá se envolver com o seu trabalho de pesquisa e quais resultados que aparecerão dali que poderão fazer sentido para a sua própria realidade. Pensando assim, é quase certo que a imersão no conteúdo será total.

#2 – Defina prioridades. O que é mais importante? Assistir a aula de monografia ou escrever a monografia? Certamente escrever a dita-cuja, né? Mas tem gente que prefere jogar fora 50, 60 minutos, uma hora ou mais com um professor ensinando a desenvolver as regras da ABNT (que você pode descobrir por si mesmo, depois), do que investigando sua tese à fundo. Como resultado, o aluno sai da aula mais antenado no último capítulo do seriado do que na aula, e, como se diz por aqui, “nem o mel, nem a moringa”. Compreenda onde é mais importante estar, e isso se aplica tanto a ficar em casa ou ir à aula, quanto a escolher ler o livro, consultar o site ou fazer entrevistas. O que mais for importante é onde o seu foco estará, e se ele estiver lá, obstáculo algum pode tirar. Aponde sua vela ao seu destino – e vá!

#3 – Refine as prioridades. A regra é simples. Quando se decide o que fazer, geralmente esta coisa precisa ser melhor compreendida, nesse caso, quando encontrar o seu objeto de foco, tem-se que pensar em como aborda-lo. Se a escolha é a leitura de um livro, que tal ir ao sumário e conhecer exatamente do que trata a obra? Começar, se possível, a leitura pelo capítulo de que trata sua problemática já é meio caminho andado para o sucesso na pesquisa. E se for entrevista? Que tal começar marcando um encontro, lendo mais sobre o tema e a pessoa a ser entrevistada, preparando perguntas pertinentes? A pesquisa sempre começa antes de começar, porque ela exige um lastro, um caminho inicial a ser percorrido até se colher o fruto que vai ser o germe do processo todo.

#4 – Ritualize. As pessoas que conseguem sucesso em seus empreendimentos geralmente têm rituais próprios. Não que elas sejam necessariamente presas a eles, mas também porque isso permite uma sensação maior de controle, e, por extensão, uma maior capacidade de desenvolvimento do processo de criação e desenvolvimento de ações em prol dos projetos que elas desenvolvem. No caso da pesquisa, isso não pode ser considerado diferente. Para se ter sucesso em manter o foco, é essencial que se consiga pensar sempre de maneira particular para cada ação. Comece o dia e encaixe a sua pesquisa em um determinado momento, nem que seja simplesmente pra olhar pro computador esperando a inspiração aparecer. Acredite, ela virá. Se não vier, tome um banho, ouça uma música, dance, qualquer coisa que libere alguma endorfina antes de começar a produzir – todos os dias antes de produzir.

#5 – Saia da bagunça. Viver em um lugar bagunçado já é ruim. Agora imagina estudar numa completa falta de ordem? Pois é, se você quer ter foco, essencialmente vai ter que aprender a ser mais organizado. O nosso cérebro é naturalmente atraído para zonas onde é possível explorar, interpretar detalhes. O problema é que você tem que manter o foco nos detalhes da sua pesquisa, e não da cor daquele poncho que você comprou no Mercado Livre e nunca usou, que está do lado do livro do Freud que você comprou pra compor sua monografia que, aliás, nunca usou por falta de interesse. Arrume tudo e, de preferência, tenha o mínimo de interferência visual no seu campo visual. Depois você conseguirá retornar para sua vida normal, mas agora, a finalidade é concluir a pesquisa. Arrume tudo e mãos à obra.

#6 – Desconecte. Porque o Facebook, o Twitter, o Instagram e todas as redes sociais são maravilhosas. Maravilhosas demais, tanto que te impedem de manter o foco sobre as questões que realmente interessam na sua pesquisa. Saia do face, ponha o telefone no modo avião ou, pelo menos, desligue o wi-fi do aparelho. Um minuto a mais que se passa pesquisando, é um minuto a mais que se aproxima do final da sua jornada. Pesquisar não é difícil, difícil mesmo é dar atenção a um milhão de questões e ainda encontrar tempo para escrever uma boa pesquisa. Mantenha o foco fazendo a coisa certa: eliminando toda e qualquer interferência que possa vir a causar distância entre você e a conclusão da sua pesquisa.

Concluindo.

Para manter o foco nos estudos, antes de qualquer outro critério, é necessário estar motivado, acreditar que é possível e que se está desenvolvendo uma pesquisa realmente viável. Para tanto, é importante que se considere aspectos diversos, entre eles, a própria razão de estar escolhendo determinado tema e não outro. Os demais elementos relacionam-se com a capacidade de manter o mínimo de distração e de criar o hábito de pesquisar. O desenvolvimento das suas atividades depende do nível de compromisso que você encontra com o seu produto final.

BÔNUS.

Mais dicas de atenção? Confere a reportagem da revista Superinteressante de Setembro de 2014 (edição 337) que trata justamente da (falta) de atenção no nosso mundo hiperconectado. Clique aqui.

Superinteressante - Setembro de 2014
Superinteressante, Setembro de 2014. Como manter o foco.

Se você curtiu esta dica, mas quer conhecer melhor o trabalho do blog direto também em vídeo, basta conectar-se no nosso canal do Youtube, com vídeos postados em maio, mas já com muita coisa boa rolando por lá. Clique aqui.

Até o próximo post! Sucesso a todos!

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4 comentários

  1. Muito obrigado! Não esquece de seguir o blog e não perder nenhuma dica. Caso esteja interessado em parceria, estamos aí!

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