Quais são os principais elementos de um Projeto de Pesquisa?

E se eu te disser que é de partes e elementos que se constroem os projetos de pesquisa?

Já trabalhamos vários aspectos do Projeto de Pesquisa. Compreendemos de maneira mais direta como se deve pensar, para que ele serve e quais os principais aspectos que definem, ao menos inicialmente, a “estrutura” que forma um bom pesquisador. Claro, faltou também abordar melhor quais as partes são importantes e que fazem com que o projeto de pesquisa exista. Compreender cada uma é a missão deste post, então não custa nada você ir lá e curtir no final para ajudar no engajamento do blog, certo?

Cada uma das partes que compõem o projeto poderá ser melhor explicitada quando compreendemos que o processo de pesquisa precisa, na verdade depende, de uma coerência interna, a qual se construirá na etapa anterior, isto é no momento do planejamento da pesquisa. Mas não se esqueça, caro pesquisador, que o projeto, principalmente quando é construído a muitas mãos, sempre deverá ser pautado em aspectos que os envolvidos compreendam, do contrário, será inútil buscar encontrar alguma coerência na hora de elaborar os elementos do documento “projeto de pesquisa”.

Sem mais delongas, aproveite o conteúdo!

Quais são as três partes do projeto de pesquisa?

Esta é uma pergunta incrivelmente comum quando se trata de projeto de pesquisa. A resposta a esta pergunta pode ser respondida de diversas formas mas, de um modo geral, precisamos entender que uma coisa são as partes do projeto, e neste caso, o número de partes vai 3 a 8, dependendo apenas dos aspectos que são considerados na contagem desta etapa, outra coisa são os elementos, que consideraríamos a “substância” do projeto.

Porém, quando observamos em um plano mais cuidadoso, podemos dizer que, formalmente, o projeto de pesquisa se compõe de 3 partes: pré-textual, textual e pós-textual.

  • Elementos pré-textuais: os elementos pré-textuais de um projeto de pesquisa na verdade são os elementos pré-textuais de qualquer texto científico e são basicamente, tudo o que antecede a pesquisa: capa, folha de rosto, folha de aprovação, agradecimentos, dedicatória, etc. E, por mais que a tentação de dizer que são elementos menos importantes, seja grande, de fato eles não são. Muito pelo contrário, o pré-textual de uma pesquisa nos fornece informações viscerais sobre o estudo em si, como o tema, quem escreveu, quais os posicionamentos e uma ideia geral do texto. Usar ou elaborar de forma adequada os elementos pré-textuais também é uma maneira de dizer que a pesquisa é importante, que foi bem refletida e não está ali por acaso.
  • Elementos textuais: estes são os elementos trabalhados no próximo subtópico deste post. Mas eles são, podemos dizer, a substância que existe e que dá sentido ao texto. Eles são o produto que o pesquisador dá ao mundo, e por isso têm que ser mais bem cuidados que o restante, no plano geral, das partes. O tamanho desta parte depende muito do tipo de pesquisa (se artigo, tese, dissertação, etc.) e em algumas universidades, por mais estranho que possa parecer, têm quantidade mínima de páginas.
  • Elementos pós-textuais: eles aparecem depois das capas e do conteúdo, mas são vitais, pois um texto que não possui suas referências vertificáveis não pode ser considerado um texto científico, já que pende mais para a ficção, a criação abstrata. Os elementos pós-textuais mais importantes são as referências, os apêndices e os anexos. Mas em regra se pode colocar qualquer coisa como elemento pós-textual, desde que esteja tudo nas normas da ABNT (ou outra adotada pela IES ou pelo periódico de publicação) para não trazer complicações ao pesquisador.

Cada uma das partes mencionadas podem ser melhor desenvolvidas com a adoção de métodos de produtividade mais práticos, como a técnica pomodoro, por exemplo. Mas no geral, é bom que seja seguido outro tipo de metodologia nos pontos que compreendemos como sendo elementos (ou seja, a substância da pesquisa em si) e não apenas a forma que a conterá, tais pontos deverão ser pensados e executados.

Quais são os elementos da pesquisa?

Para conduzir melhor a pesquisa, é preciso compreender do que ela é formada no interior, isto é, como é possivel transpor o que está na teoria para que seja de fato conduzido até a prática. É isto que se compreende como sendo elementos da pesquisa, porque eles são a parte que permite que a pesquisa possa enfim se mostrar viável, e não apenas um delírio do pesquisador. São os elementos da pesquisa melhor sintetizados na imagem a seguir:

Os elementos da pesquisa não são (mas estão) nas partes que a compõem.

A formulação do problema é a base. É a partir dos porquês que a coisa anda, que surge um questionamento embasado em um interesse para a sociedade. Logo em seguida, no mesmo embalo desta problemática, sugem as hipóteses a serem testadas (negadas ou confirmadas) pelo pesquisador no desenvolvimento do seu estudo. Claro, elas são apenas uma etapa a ser definida claramente porque dela depende a escolha da abordagem. É neste ponto que falamos sobre a definição do tipo de pesquisa (se básica, avançada, teórica, bibliográfica, de campo, etc.) e passamos para a operacionalização, isto é, a forma com a qual serão manuseadas as variáveis de cada um dos estudos – isto é, como a minha pesquisa impactará no campo? Será que terão mais homens ou mulheres? E que idade melhor atende aos meus interesses formulados?… Importante é considerar as variáveis que podem ter efeito direto sobre o resultado final do estudo, pois, a menos que se trate de um laboratório, dificilmente o pesquisador – principalmente o pesquisador social – vai encontrar condições ideais para isolar suas variáveis.

Na pesquisa social, principalmente, é comum que algumas etapas sejam mais específicas (o que não significa que elas não apareçam para outros tipos de pesquisa e mesmo que não existam em alguns) mas a que mais pesa é a etapa da seleção das amostras, permitindo que o pesquisador possa, em geral, testar suas hipóteses por meio de um comparativo entre populações que estão sujeitas a determinadas variáveis já operacionalizadas, e outras populações que não têm tal característica.

Em seguida, elaboradas as exceções mencionadas, parte-se para a elaboração dos instrumentos que irão alcançar o objeto/público da pesquisa. Em regra, pesquisas sociais usam questionários ou roteiro de entrevistas dirigidas, mas nada impede que outros modelos de instrumentos existam – que melhor atendem a pesquisas e públicos diferentes. Tudo fica a critério de cada pesquisa e de como o pesquisador estruturou as etapas anteriores.

Após coletadas as amostras, o passo seguinte é traçar a rota para a análise dos dados. Se forem muitos é importante, antes mesmo da coleta, interpolar formas de sua análise, pois, além de ser um momento-chave, a análise dos dados é o que consome mais do tempo e da temperança do pesquisador. Algo que será seguido da apresentação dos resultados, preferencialmente após a confirmação/negação do máximo possível de hipóteses do estudo. Como se saíram os ensaios? Como os grupos amostrais se comportaram pela análise das populações expostas ou não às variáveis? São questionamentos que, neste momento, serão postos.

Também não podemos esquecer que um projeto que se aproveite tem que ter um bom cronograma, afinal, quanto tempo durará a pesquisa? De quantos em quantos tempos se fará uma análise dos resultados coletados? Tudo isto é mensurável dentro do cronograma e servirá de base a toda a evolução da pesquisa enquanto ela surge e ganha seus contornos definitivos.

Na mesma linha, principalmente quando se trata de pesquisas que envolvem equipes com muitas pessoas, é necessário que os recursos sejam conhecidos e alocados em áreas específicas e que possam ser melhor aproveitados na medida em que o estudo avança em seus objetivos. Quando se tem um financiamento ou uma bolsa, é ainda mais importante conceber onde serão investidos os recursos e, principalmente, como eles serão importantes para que a pesquisa possa produzir frutos aproveitáveis. São recursos: pessoas, transportes, dinheiro, materiais, ferramentas, etc. E tudo isso precisa ser conhecido, mensurado e disponibilizado da melhor maneira possível.

Conclusão.

A pesquisa e suas partes estão completamente integradas, e não existe muito espaço para a invencionisse. Apesar das universidades, em alguns casos, criarem etapas absurdas, ou às vezes, obrigando o pesquisador a adotar algumas etapas desnecessárias, o bom projeto é o que é elaborado a partir de um plano conjunto, com boa definição metodológica e que consegue impactar seu público pela abordagem precisa e cuidadosa do tema em questão. Tudo o que fugir disso, por mais que tenha técnica, não vai prosperar.

Agora, se você quiser mais informações como esta, e ter feedbacks mais prontos, não perde tempo e vem para a minha mentoria. Da graduaçãop ao mestrado, vamos desenvolver da melhor maneira possível o seu tema e proporcionar mais foco no seu processo de ascensão acadêmica. Simples e prático, todos os assinantes do blog ganham acesso completo à mentoria e ao conteúdo premium dos blogs.

Vejo você no próximo post.

Até lá!

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