Sim, meus amigos, às vezes é importante que o óbvio também seja dito. É verdade que o Projeto de Pesquisa já foi um tema bastante abordado aqui no blog. E não me levem a mal quando digo que, dada a nossa realidade no universo da pesquisa (falo da realidade conjuntural), não é exagero quando eu digo que COMPREENDER o projeto de pesquisa ainda é a principal barreira a ser rompida, se possível, para ontem.
Nada se faz sem planejamento e, necessariamente, o planejamento da pesquisa é o projeto. Ele é racional e é sistemático. Suas etapas não têm, senão o interesse de dar cabo de ações que anteriormente foram planejadas. Ele é o todo. Nele estão previstos os conceitos básicos – problema, objetivos e hipóteses – mas também os pontos secundários do estudo: tempo de pesquisa e recursos, humanos e materiais, a serem depreendidos para a sua elaboração completa.
Vamos pensar um pouco mais sobre o tema, ao passo em que já convido vocês a compor a minha mentoria para mestrandos que buscam avançar verticalmente na carreira, mas ainda se encontram perdidos, ou que já entenderam o seu momento como pesquisadores mas ainda precisam dar o necessário enfoque à sua próxima etapa. Te convido a conhecer, em breve o meu programa de mentorias e trambém a fazer parte! Você pode começar agora assinando o site, ou entrando em contato via redes sociais. Mas não se esqueça: o fundamental é focar o seu esforço na conclusão do seu objetivo!
Tudo está integrado.
Você pode não gostar, e tem todo o direito de fazê-lo, mas precisamos compreender que a sociedade é formada por sistemas. Ortega, ao apresentar a Teoria Geral dos Sistemas, explica que o conceito se baseia em uma estrutura simples, na qual, todo o sistema é baseado na relação entre as partes que o compõe, em todos os espaços e a compreensão das leis que regem cada parte.
O projeto de pesquisa não é muito mais que a análise do sistema desejado, porém respeitando as quatro bases fundamentais do processo de investigação: processo, eficiência, prazos e metas. É aqui, com o esclarecimento desta trilha, que a mágica da pesquisa acontece. Gil (2022) pontua que “(…) o planejamento da pesquisa deve ser definido como o processo sistematizado mediante o qual se pode conferir maior eficiência à investigação, para, em determinado prazo, alcançar o conjunto das metas estabelecidas” (p. 03).
Portanto, os elementos que consubstanciam o planejamento da pesquisa têm como endereço o projeto de pesquisa. Suas bases precisam ser organizadas da seguinte maneira:

Na hora do planejamento o pesquisador e a equiipe têm uma liberdade maior para trabalhar diversos pontos, e isto deverá ser considerado uma grande etapa a ser construida. Um brainstorm para abstrair todos os pontos mencionados é uma excelente dica do editor para quem busca transformar-se em um pesquisador ou coordenador de equipe de pesquisa eficiente.
Enfim, o projeto!
Uma vez abstraído o processo de planejamento, e dele ter saído o projeto, vem a hora de começar a finalmente compor. Nesta etapa, como bem estabelecido, é preciso entender que o projeto não é para o pesquisador: é para o mundo. Sendo assim, a escolha de cada etapa deverá sempre considerar o ponto de vista do pesquisador e seus interesses, mas também deverá estar alinhada com as exigências da Instituição de Ensino Superior (IES) a que o pesquisador está vinculado, aos periódicos nos quais ele deseja publicar a sua pesquisa, às entidades financiadoras, e, claro, à IES de origem.
Claro, é necessário cumprir todas as etapas porque se espera que elas dêm um resultado positivo, com o acolhimento da pesquisa e sua execução. Mas todos precisamos lembrar que a universidade e a pesquisa não são espaços engessados, cirúrgicos, mas que também há espaço para o criativo e o inovador. Portanto, o planejamento da pesquisa e o projeto de pesquisa em si deverão ser conduzidos de maneira a encontrar um meio termo, e permitir que todos possam se beneficiar, assim como a sociedade, ddos resultados dos estudos. O projeto de pesquisa não é uma jaula onde se encarcera a criatividade e o gênio inventivo. É ela que possibilita que haja expressão criativa e que se possa pesquisar em âmbitos novos e inusitados em alguns momentos.
Conclusão.
A pesquisa científica é muito mistificada. Provavelmente por isso ainda existem muitas bizarrices que envolvem tanto a parte técnica quanto a teórica. Uma das formas de evitar isso, e que pode ser posta em prática até mesmo pelos pesquisadores, sem a necessária anuência de um órgão ou IES, é fazer um bom planejamento de pesquisa e logo em seguida ter como referencial um bom projeto, elaborado de acordo com as necessidades e com os desejos de cada pessoa ou grupo envolvido em cada etapa da pesquisa.
Na dúvida, é importante sempre buscar referenciais que possam trazer luz às questões envolvidas no trabalho de execução, bem como contar com a experiência de outros grupos ou pessoas que já passaram pelas etapas de pesquisa. Tudo somado, as chances de sucesso serão bastante proveitosas.
[…] depende, de uma coerência interna, a qual se construirá na etapa anterior, isto é no momento do planejamento da pesquisa. Mas não se esqueça, caro pesquisador, que o projeto, principalmente quando é construído a […]
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