Ser pesquisador não é uma tarefa muito complexa. Na verdade, somos todos pesquisadores ao longo da nossa vida. Porém, neste post, vamos te ensinar quais os atributos que você precisa identificar, ou, se já os tiver identificado, desenvolver, para melhorar o seu potencial de pesquisador e conquistar os melhores espaços no universo da pesquisa acadêmica. Mais uma vez, aproveita para conferir todas as indicações de livro no final.
Não se esquece: caso você tenha se interessado sobre o tema, vale salientar que estamos reformulando o nosso processo de assinatura, e isto implica em agregar muito mais valor, com mentorias online (via teams) e outros recursos que só quem assina o Monografando tem. E mais, dicas e indicações dos melhores recursos que podem maximizar sua pesquisa e permitir um maior aproveitamento do seu potencial criativo.
Sem mais delongas, vamos ao conteúdo.
Esse homem: o pesquisador.
A pesquisa científica é um dos melhores momentos da nossa vida acadêmica. É uma pena que durante muito tempo fomos treinados a achar justamente o contrário. Existem muitos problemas associados a isto, e não é do bojo deste artigo questionar. Mas, se você sente que é capaz de desenvolver o seu potencial como pesquisador, arregaçe as mangas e compreenda, de acordo com Gil (2022) quais os principais aspectos que impactam positivamente na formação de um bom pesquisador. Lembrando que a teoria é de Gil, mas é no Monografando que ajudamos vocês a desenvolver estes aspectos (ou ampliá-los quando já existem).
- Conhecimento sobre o tema a ser abordado: uma das formas mais eficientes de naufragar um navio é não saber a rota a seguir. A melhor forma de destruir uma boa pesquisa científica é ignorar completamente o objeto da pesquisa, e seguir dicas de professores, amigos, ou porque stá na moda determinado tema, etc. Sendo um bom pesquisador, use a lógica que Paulo Freire (aud DIECKMAN, 2021) propaga em seu legado educacional: trabalhe sobre as bases conteudísticas que sejam do seu próprio domínio pessoal.
- Curiosidade: existia uma propaganda bem antiga que dizia que a curiosidade é o que move o mundo. E faz todo sentido fazer a leitura sobre a pesquisa de acordo com esta lógica. Entender que a curiosidade sobre determinado tema é o seu motivador, é uma das principais formas de expandir seus conhecimentos para uma nova direção, o que tornará a sua pesquisa de muitas maneiras mais completa.
- Integridade intelectual: sim. Embora saibamos como é importante conhecer um determinado tema, é também necesário não se deixar dominar pelas paixões que o tema suscita. Isto é, embora seja algo apaixonante, as pesquisas devem transparecer a verdade, ainda que esta não seja exatamente aquilo que se espera de um determinado objeto de estudo que é da predileão do autor. Este, portanto, deve ter a ciência dos riscos associados e permitir que exista uma condição adequada para o amadurecimento das suas hipóteses, mesmo que isto implique no desencanto sobre o objeto de estudo.
- Atitude autocorretiva: ao avançarmos no estudo das partes que compõem o projeto, teremos como resultado a forma interessante com que as hipóteses surgem, se alinham e se confirmam ou se negam. Com isto, fica claro a importância de se autocorrigir quando se encontrar face uma hipótese equivocada ou quando as fontes negarem as bases da pesquisa. Somente isto assegura que a pesquisa conterá todos os aspectos que precisa ter para ser válida.
- Sensibilidade Social: Esta habilidade será sempre valorizada, principalmente quando implicar em pesquisas que tenham um objeto de estudo lastreado em uma comunidade ou até mesmo na coletividade. Sua formação e seu desenvolvimento deverá trazer, mesmo nas pesquisas que não tenham como objeto a criação de um novo status quo, uma contribuição à ciência reversível ao bem-estar social.
- Imaginação disciplinada: imaginar é bom. A ciência é cheia de momentos em que a imaginação traz ao pesquisador ou ao cientista, alternativas importantes para que ele se desenvolva como sujeito e possa contribuir com a sua arte com a sociedade em que vive. Porém, a imaginação sem freios leva à falta de foco e, consequentemente, impede que uma pesquisa sequer chegue a uma conclusão lógica. Ter sempre em mãos os seus objetivos ajuda a trinar e a fortalecer a disciplina da sua imaginação.
- Perseverança e paciência: estes dois aspectos são extremamente importantes, principalmente no Brasil, onde as oportunidades de ação e o incentivo aos pesquisadores são quase sempre escassos. É preciso reiventar-se e promover novas formas de alcançar o objetivo proposto. Eu, particularmente somaria a estas qualidades, também a resiliência para recomeçar sempre que um “não” for uma resposta a uma solicitação importante.
- Cinfiança na experiência: você já é um pesquisador desde que nasceu. O que a universidade faz é basicamente criar situações nas quais os seus níveis de habilidade serão testados. Confie na sua sensibilidade e no material de pesquisa que você já tem e o resto é sucesso!
Como se pode perceber, não é alg muito compexo o evoluir de uma pesquisa científica, mas o pesquisador precisa ter sempre em mente que nem sempre existem situações ou objetos da pesquisa simples, o que implica em uma atividade cada vez mais dependente da autocrítica e da capacidade de construir soluções. Nem todos nascem com estas características. Mas a maioria consegue desenvolvê-las. Agora, se você quer lembrar de todas elas, preparamos uma arte para te ajudar com isto.

O caminhar por esta jornada nem sempre é fácil, mas sempre é possível encontrar parceiros e soluções que podem facilitar o seu processo de pesquisa. Sempre que o pesquisador está mais centrado em suas demandas, se torna mais fácil o desenvolvimento das habilidades que foram descritas aqui.
Concluindo.
A pesquisa científica sempre será uma forma de crescimento valorizada, não importa quanto tempo passe ou quantos anos as pessoas tenham que se dedicar a ela. Compreender e conceber que, quanto antes houver um esforço no sentido de permitir-se criar condições para se tornar um bom pesquisador, melhor para os resultados finais. Mesmo quem entrou hoje na universidade pode iniciar uma jornada de pesquisa rica em valiosas contribuições para o mundo acadêmico. Depende tão-somente do esforço e da habilidade de conduzir novos padrões para as matérias e objetos de interesse.

Bônus.
Alguns títulos que vão ajudar, com certeza, no seu crescimento como pesquisador são o sempre presente “Como Elaborar Projetos de Pesquisa“, de Antônio Carlos Gil (2002) e a fonte de inspiração, “100 anos com Paulo Freire” de Ivânio Dickmann e Ivo Dickmann (2021). Todos estão disponíveis no nosso parceiro Baixe Livros Grátis!