Pesquisa científica: o que é, por que fazer?

Nesta semana estaremos imersos em uma interessante jornada pelo universo da pesquisa cientifica. O objetivo com esta série de posts é promover uma forma de revisitar, construir conceitos ou reformar os que já existem, acerca da Pesquisa Científica, e asssim ter uma noção que pode ser inicial, mas que deverá ser clara do que ela é, como conduzí-la da melhor formae de como avançar na vida acadêmica. Por isso a razão de os próximos posts serem voltados especialmente para pessoas que estão começando a jornada no universo da pesquisa científica e que desejam conhecer melhor todo o processo, isto é, quem entrou na universidade agora, quem está iniciando a jornada para a construção do TCC ou quem, por algum motivo, precisa fazer uma pesquisa científica.

Para ter os fundamentos desta jornada nos ancoraremos em autores, os quais referenciaremos sempre ao fim de cada post. Também deixaremos linkados no parceiro Baixe Livros Grátis, os livros que forem aparecendo como parte do processo de pesquisa, do primeiro ao último post da semana. Não se preocupe: os links e os textos ficarão por tempo indefinido à disposição dos usuários deste blog.

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  1. Mas o que é a pesquisa científica?
  2. Nem toda pesquisa é igual.
  3. A natureza indistinguível da pesquisa.
  4. Concluindo.
  5. Bônus.
Mas o que é a pesquisa científica?

A pesquisa científica nada mais é do que a resposta a um porquê, especificamente quando ele é lastreado em um problema – real ou do plano das ideias – que se pode resolver fazendo uso da racionalidade. Em geral, um bom critério para definir a pesquisa é o procedimento racional utilizado para a resolução do problema, já que em regra, o fenômeno que se quer explicar, ou o problema que se quer resolver, oferece em si uma base de dados relevante, que serve de lastro para a construção de hipóteses.

Sendo assim, a pesquisa como procedimento, não é imune aos erros e acertos, mas só os conseque porque é baseada em um método, que, entre as suas etapas, esmiuçará o problema em varias e pequenas peças, até ter clarificada uma visão e, consequentemente, se consiga uma resposta (ou hpótese de resposta) para a problemática encontrada. O que pode ser, ou não, alo factível a partir do modelo proposto ou em um periodo de tempo determinado.

Nem toda pesquisa é igual.

De fato, existem diversos motivos que podem fazer parte de uma busca científica (em se tratando de buscas científicas) mas não há exatamente um motivador principal. Gil (2022) entende que se fosse necessário, se poderia dividir a pesquisa ceintífica em dois motivadores, sendo o primeiro de ordem inteletual, que serve para satisfazer uma curiosidade, e, como as pesquisas básicas, não tem como objetivo principal promover uma mudança factual, mas do campo das teorias, no mundo.

O segundo modelo possível para classificar a pesquisa científica é o modelo prático. Aqui, além de se conhecer uma problemática que é, de fato, importante, também se buscam sanear suas mazelas, de tal forma que a pesquisa dê ao universo social uma contribuição válida e completa que fará a diferença para quem dela irá usufruir. É bastante simétrica a relação que se estabelce entre o problema levantado na pesquisa e a realização de um produto final que resolverá tal problemática encontrada.

A natureza indistinguível da pesquisa.

Quando a pesquisa é um fim em si mesma, diz-se que se tem uma pesquisa pura. Dela, somente o resultado da discussão proposta surgirá. Do outro lado, porém, existe a pesquisa aplicada, que se dá de maneira mais ou menos uniforme e se expressa na resolução de um problema. Esta divisão está lastreada em um plano de fundo que é complementado pela diversidade dos modelos de pesquisa existentes, mas dá margem a uma certa confusão sobre as pesquisas e suas naturezas.

É comum ouvir e ver orientadores cobrando dos seus alunos uma classificação entre pesquisa “pura” e “aplicada” na metodologia dos estudos. Porém, nem sempre este limite está disponível para a sua aplicação ou visualização. Por exemplo: uma pesquisa da área de saúde, embora seja mais provável de ser uma pesquisa aplicada, quando se baseia, por exemplo, na revisão de estudos já publicados, acaba se mesclando com a pesquisa pura. De outro lado, uma pesquisa pura elencará elementos que são comuns da pesquisa aplicada, como a formulação de hipóteses e seus testes sobre um plano, ainda que hipotético de ação.

Sendo assim, as pesquisas, para fins acadêmicos, podem ser puras, aplicadas, etc. mas não são apenas isto. Na hora de iniciar a execução das suas pesquisas, todos os pesquisadores precisarão ter em mente que haverá muito trânsito entre os tipos de pesquisa, e que, na hora de classificar, será preciso também usar o bom senso, e, se possível, tomar uma linha mista, para ampliar ainda mais a exequibilidade do trabalho.

Concluindo.

A pesquisa centífica é um processo que tem múltiplos porquês, uma diversidade muito grande dentro de uma só prática, o que requer do pesquisador um forte jogo de cintura e uma clareza de ideias, entre outros atributos, muito grande.

Se você quer saber se tem ou não o perfil de pesquisador, não perde tempo e volta aqui no Monografando amanhã para conhecer as principais características de um pesquisador. Além disso, te convidamos também para conhecer quais são os itens, materiais e abstratos, para a realização de uma boa pesquisa, da formulação da hipótese até o produto final, publicado e disponível.

Até já!

Ricardo Sílvio de Andrade – Editor
Bônus.

Neste post falamnos bastante da importância da pesquisa ser sistemaizada. Então nada melhor do que indicar um excelente autor: Antônio Carlos Gil, em uma das suas obras icônicas, e que durante anos tem embasado as práticas acadêmicas em universidades pelo Brasil inteiro: Como Elaborar Projetos de Pesquisa (2002). Um livro de linguagem acessível, simples e de conceitos muito sólidos. Um excelente auxilio no desenvolvimento das habilidades de pesquisador.

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